Walter Muller, em seu processo criativo, submete uma figura a uma escala de luzes, a qual cria diferentes nuances e expressões, como se o negativo da luz, o aspecto “fantasmático”, fosse revelado e mostrado como uma gradação de expressividade, de modo que a figura adquira diferentes interpretações de acordo com a variação da luz. O artista tem a intenção de construir pictoricamente um elemento perturbador, fora de categorizações, porém significativo na questão da expressão e da afetação. Usa a figura não como representação, mas como uma célula osmótica que pode ser esticada, acrescentada de material, cores e sensações, na qual não existe categoria e hierarquia, há uma capilaridade permanente de elementos que entram e saem, agregados provisórios de energias e forças, atravessados por fluxos impermanentes de pensamentos. Muller trabalha com pintura, desenho e gravura. Seu trabalho traz uma ressonância com a filosofia da diferença de Gilles Deleuze e o pensamento da imanência, com a noção de fluxos e devires.
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